segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

As Meninas

Para Luiza, mais um lugar temporário, que sua vida há muito andava mambembe demais pra esperar outra coisa de sua nova morada. Para Carolina, o sonho da independência e a compensação do esforço feito ao longo do ano. Enfim, a tão sonhada independência e talvez um significante para a própria vida, pois andava desconfiada de si mesma.

Carol mudou-se assim que pode, que a casa estava vazia há seis meses e era preciso deixá-la limpa. Era preciso, também, comprar algumas coisas e isso incluía alguns mimos, que a amiga também gostaria quando visse, era certo! Carol entendia a falta de tempo de Luiza mas não compreendia sua ausência num momento tão importante para as duas. Sabia o quanto seria bom para a própria Luiza, estar lá, preparando o lugar com ela.

Luiza, sem certezas de nada, chegou um dia depois com uma mochila nas costas e um bouquet de flores. Suas coisas, a metade delas, um amigo levou depois, encheu o Fusquinha, mas algumas coisas ficaram pra depois. Luiza desconfiou que não buscaria nunca mais o que ficou pra trás, porque era sempre a mesma coisa, não voltava. Mesmo na casa dos pais, o primeiro lugar de onde fugiu, havia ainda livros, roupas, discos...

Bem vinda!

Abraços!

Comemoraram fumando um narguilé que Carol comprou em homenagem a amiga que andava apaixonada pelas antigas civilizações da Índia e seus rituais. Riram-se.

Dormiram...

Um comentário: